terça-feira, 19 de julho de 2011

Tropeções da FPP - Parte1

Bem antes demais, afirmar que isto não pretende ser uma blogadela ANTI-FPP. Mas sou da opinião que a qualidade das provas da FPP tem decaído, ou se preferirem não têm evoluído. O mesmo se poderá dizer em relação ao trabalho continuo dos mesmos, que após "vencida" a batalha da lei das armas, pouco ou nada se têm evidenciado. Pretendo assim com esta entrada apontar alguns dos pontos onde a FPP tem falhado e obviamente arranjar uma solução para essas mesmas falhas! Até porque as pessoas da FPP sempre se mantiveram abertos a ideias e soluções vindas do exterior da mesma.

Resta-me apenas salientar que eu fui um dos que votou na continuidade. Acreditei na altura que era bastante importante para este grupo de trabalho continuar a desenvolver o projecto que tinha iniciado. Mantenho essa opinião hoje. Fico desiludido obviamente com algum amadorismo que a organização continua a demonstrar e com a falta de medidas em algumas situações.

Aqui vai então (dividida em duas partes) a lista das falhas que tenho a apontar:

Sistema de classificações: Parece-me inconcebível um sistema de pontuações onde haja equipas que sem nunca terem estado nos final four, consigam estar à frente de equipas que ja marcaram presença nas mesmas. Sou da opinião que se deve premiar o jogo ofensivo (cada ponto de jogo valer 10 pontos na classificação!) mas não da forma actual.
Solução: Manter em tudo o sistema actual mas a classificação do 1º posto valer 110 pontos, 2º posto 102 pontos, 3º posto 96 pontos e finalmente 4º lugar 90 pontos.

Montagem de campos: Este ponto na minha opinião é onde se reflecte uma grande parte do amadorismo da FPP. A FPP como identidade organizativa não poderá nunca dar-se ao luxo de não estar representada fisicamente aquando da montagem de campos. A forma como se tem montado campos este ano no CN é uma verdadeira anedota. Só existiu ainda uma verdadeira prova de Xball, que foi na primeira etapa.
Solução: Mudar a orientação da forma como os campos são montados. A preto está a forma como são actualmente montados, a vermelho fica a minha solução. Bem sei que este template não ajuda muito o meu argumento. Mas a montagem nesta orientação é perfeitamente possível. Basta pensarem na 3ª etapa o ano passado em Aveiro. Ou basta pensa no espaço que sobrava nas laterais este ano em Malveira da serra e agora em Águeda.


Troféus: É absolutamente ridículo a ausência de troféus nas provas de uma campeonato nacional.
Solução: Deixem de ser unhas de fome! Ofereçam flores, contactem as Câmaras ou juntas locais para pedirem um galhardete ou uma medalha qualquer coisa. Ou pura simplesmente ofereçam apenas ao 1º classificado de cada escalão.

Buzzers: Andarmos a tocar na grade só dá confusão como se tem visto.
Solução: A pergunta aqui até é, se já existiram porque é que deixaram de existir! Ajudem o vosso próprio trabalho e começem a exigir às organizações locais, ou aos responsáveis da montagem de campo a montagem de um buzzer nas bases.

Layout único: Um único layout a ser usado durante todas as provas do CN durante o ano competitivo. Previamente escolhido por todos os capitães de equipas.
Solução: Este não é tanto um problema, seria mais uma questão de saber se existiria realmente interesse em que isto fosse implementado. Pessoalmente, e mesmo sabendo das desvantagens que isto poderia trazer, a mim agradava-me. Creio que o desporto tem de claramente caminhar para uniformização e esta seria uma das medidas mais importantes para que isso aconteça.

12 Bps:
Alguém já entendeu porque que ainda continuamos a jogar a 12 bps? Quando existiu a mudança, entendeu-se que muito se devia ao facto de existirem muitas placas de marcadores que não permitiam a descida a um ROF inferior de 12bps com ramping. Creio que essa questão já não se coloca neste momento. Numa altura em que o objectivo passa por baixar os custos do jogo em si, creio que a implementação desta mudança por cá só iria de acordo com essa necessidade geral do momento. Poderia usar a carta da uniformização europeia de um só ROF mas nem vou usar esse argumento.
Solução: Rever esta situação, se necessário consultar todos os capitães de equipa. Creio que a própria medida, possa por si aumentar futuramente o numero de equipas a participarem na Div3 e Div4 do CN.

Seleccionador Nacional: Uma federação nacional sem selecção é caricato, seja em que desporto for. Creio que a FPP tem todo o direito de concordar ou discordar com os formatos das chamadas competições internacionais. Agora para prevenir situações futuras, creio que deveriam nomear e reconhecer um seleccionador nacional.
Solução: Nomear e reconhecer um seleccionador nacional. Estou convencido que existe muito boa gente que por amor ao desporto faria o cargo de uma forma excelente e sem ser tributada. Concordo que seja o Hugo, ou que se vá buscar o Humberto à reforma ou que se aposte em alguém activo e experiente no acto como o Raul.

Continua...

4 comentários:

  1. Acho que devias mudar o blog para dedonaferida.blogspot.com ;)

    Concordo com algumas coisas que aqui dizes.

    Há coisas que chegam a ser ridículas como o caso dos buzzers. Epá solução dos pobrezinhos, metam um arbitro ao pé da grade com uma buzina de estádio!!! Qualquer coisa, mas o que está de momento não serve.

    A classificação sempre foi outro ponto que defendi, nos moldes actuais deviam ser alteradas. No entanto eu defendo outra coisa para o campeonato nacional. Acho que o campeonato nacional deviam ser feitas provas sem finais, onde as equipas iam jogando todas contra todas (teria de ser pensar num calendário justo) ao longo do ano. A equipa que no final tivesse mais pontos seria campeã.
    Não me parece justo que equipas que antes das finais batem em tudo e todos e nas finais possam ficar em quarto.

    Layout único parece-me exagerado. Acho que iria tirar toda a pica ao jogo. Íamos entrar numa de Russian Legion em que a arte vem da repetição e não da criatividade.

    Selecção - Voto no Hugo como seleccionador e treinador. Ele é o embaixador do paintball nacional. Ainda limpa o rabinho a muitas estrelas. E goste-se ou não da pessoa, é o gajo com mais vontade de ganhar que conheço. Aquele feitio insuportável que muitos dizem que ele tem só iria ser vantajoso. Os jogadores de alta competição têm de saber lidar com a pressão, e não é com meninos que vamos ganhar aos franceses, ingleses, etc...
    Acho que devia haver uma mentalidade de apoio à federação em que se pague um pouco mais para que a FPP possa ter fundo de maneio para suportar ALGUNS custos da selecção. Não se fazem omeletes sem ovos, e ter uma selecção só para encher o olho não vale a pena.

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  2. Olá Anjix,

    Grande artículo de opinião.
    Estou convicto que a FPP deu passos em frente, saímos da contínua repetição de provas em C. Branco, angariamos parceiros que muito ajudam a divulgação e dignificação deste desporto. Temos tido pub num jornal desportivo e num canal da cabo. Ainda nesta última prova lá esteve a mvm a fazer reportagem.
    No relacionado com os campos temos tido os insufláveis que são utilizados no M.S.
    Pode-se melhorar? Claro que sim.
    Vamos aos teus pontos;
    1) Sistema de classificações, não tenho certezas, mas parece-me uma boa ideia.
    2) Montagem de campos, não concordo nada… campos mais pequenos??? Todos sabemos que campos estreitos tiram espectacularidade ao jogo, para alem de aumentar o gasto de bolas e permitir que qualquer equipa que simplesmente saiba gatilhar tenha hipóteses de obter resultados… gosto de campos com dimensões M.S e largos, isto é um desporto para atletas.
    3) Troféus, concordo, concordo, concordo.
    4) Buzzers, idem, idem, idem.
    5) Layout único, não concordo em absoluto, sou da mesma opinião que o André.
    6) 12 bps, concordo.
    7) Concordo e sem sombra de dúvidas deveria ser o Hugo.
    Raúl # 75 (Metralhas Porto – Gold)

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  3. Raúl como disse, eu sei que aquele template não abona muito a favor do ponto que defendo. Mas creio que os campos montados na profundidade do campo em vez da largura não fossem ficar mais pequenos. A dimensão minima, sublinho minima de um campo de futebol de 11 sao 90 metros, ou seja dividido a meio dá 45 metros para cada campo de paintball. Não me parece que seja um campo pequeno! E isto apenas para um campo com as dimensãos minimas! Puxa lá pela memória e lembrate lá das dimensões do campo de Aveiro da 3º etapa do Cn de 2010.

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  4. Ora bem, primeiro começo por dar-te os parabéns pelo artigo Anjix, cada vez gosto mais.

    Em relação aos pontos que focas aqui:

    Pontuação: Ja na tua publicação anterior me referi a esta questão como sendo completamente descabida e sem nexo. Já bato neste tecla desde antes de começar o CN (para que não me acusem de dizer isto pq a equipa que represento estar onde esta). Mas a verdade é que as equipas que atingem o 4º lugar nao têm mais valias em comparação a uma equipa que mesmo nao passando as finais marcou 7 pontos. Não entendo...è desleal na minha opinião.

    Montagem de campos: Não concordo nada com campos mais pequenos, mas parece-me que não foi isso que propuseste ate porque na orientação que propoes é possivel manter as medidas ideais, as vezes o problema é a vontade de quem organiza.

    Troféus: Na segunda prova tb comentei o facto de nao haver trofeus, é lamentável e vergonhoso.

    Buzzers: Elementar e penso que evitaria alguns mal entendidos e algumas discussões.

    12 BPS: Sou da opinião que deveria ser 10BPS.

    Layout único: Nao concordo. Sou da opinião que os layouts devem ser diferentes de prova para prova e assim fazer com que as equipas se preparem para os mais variados layouts. Sabemos que há equipas que se dao melhor num determinado tipo de campo outras noutro, por isso mantenho a opinião que os layouts devem ser diferentes.

    Seleccionador Nacional: Claro que só poderia ser o Hugo, porque à parte do tal feitio que muitos não gostam, ele é o melhor. É um líder, um motivador, sabe potenciar o que de melhor há em cada jogador e lê os campos como ninguém. Quanto aos outros que propuseste, não me parece que encaixem no perfil desejado por razoes distintas.

    Mais uma vez parabéns pelo teu blog. Keep going.

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